Tudo que você precisa saber sobre a Titan X, nova placa de vídeo da Nvidia

03/08/2016

NVIDIA roubou a cena ao anunciar a nova geração da Titan X. A placa de vídeo, que chega ao mercado no começo de agosto, é o modelo mais poderoso do mundo, combinando um arsenal de números impressionantes. O processador gráfico Pascal tem 3.584 núcleos, a velocidade ultrapassa os 1.5 GHz e a placa tem um total de 12 GB de memória RAM no novo padrão GDDR5X, mais rápido que o antigo GDDR5.

Apesar do alto potencial de desempenho, o preço de US$ 1.200 (R$ 3.945) pode assustador alguns usuários. O valor é o dobro da Geforce GTX 1080, placa de vídeo que até o começo de agosto era a mais rápida do mundo. 

 

A nova Titan X é para você?

Titan X impressiona por apresentar performance 60% maior do que aquela entregue pela Titan X anterior (Foto: Divulgação/Nvidia)Titan X impressiona por apresentar performance 60% maior do que aquela entregue pela Titan X anterior (Foto: Divulgação/Nvidia)
 

É difícil argumentar contra o desempenho prometido pela nova placa da Nvidia, mas é fácil lembrar até os gamers mais empolgados que o preço não é dos mais agradáveis, a US$ 1.200. Pela cotação atual, o valor no mercado norte-americano, que acaba servindo de baliza para quanto o produto vai custar em outros mercados, fica em R$ 3.945.

Mas essa quantia não conta a história toda, porque refere-se a uma conversão direta. Uma compra da Titan X no exterior também precisa considerar custos de frete e taxas alfandegárias, que podem levar o custo da placa para perto dos R$ 6 mil com facilidade.

Assim, com R$ 6 mil, é possível adquirir um PC gamer no Brasil de bom desempenho, seja optando por uma máquina pronta ou por comprar peças individualmente. Embora a configuração resultante não chegue perto ao que a Titan X pode atingir, é uma proposta de investimento com mais foco no custo-benefício e, no fim das contas, mais indicada para quem tem orçamento mais restrito.

Em que a Titan X deve se destacar?

As placas da Nvidia que levam o nome Titan são produtos criados para oferecer ao consumidor doméstico a melhor GPU possível. São placas que rodam com o melhor processador gráfico da arquitetura mais atual da fabricante no momento em que são lançadas e buscam sustentar o título de “placa de vídeo mais rápida do mundo” contra tudo que a concorrência tiver para oferecer.

Processador Pascal e memórias GDDR5X são os segredos da nova Titan X (Foto: Divulgação/Nvidia)Processador Pascal e memórias GDDR5X são os segredos da nova Titan X (Foto: Divulgação/Nvidia)
 

Em geral, placas de vídeo são extremamente rápidas para tarefas que exigem o que se chama de “alto grau de paralelismo”: processamento de um grande volume de dados de forma simultânea, como por exemplo milhões de pixels a um ritmo de 60 quadros por segundo, tudo isso com complexos modelos de iluminação e simulação de física, elementos chave na qualidade gráfica de qualquer game. 

Essa característica de funcionamento é resultado da forma pela qual os processadores gráficos das placas são desenvolvidos, contando com milhares de núcleos e unidades de processamento especializadas para trabalhar com paralelismo.

Nesse caso, a Titan X tem 3.584 núcleos, algo que ajuda a entender como pode ser tão poderosa. Todos esses núcleos, que são chamados de CUDA pela Nvidia, devem fazer da Titan X a primeira placa de vídeo realmente capaz de rodar jogos em resolução 4K a 60 quadros por segundo.

 

Que tipo de configuração o PC precisa ter para suportar a Titan X?

Usar uma placa de vídeo extremamente rápida em um PC mais antigo pode provocar o que se chama de gargalo: o restante do sistema não consegue operar a uma velocidade tão rápida quanto o potencial da placa para que ela realmente faça a diferença.

Em cenários em que a placa de vídeo é muito mais recente que o restante do sistema, o grande culpado tende a ser sempre o processador. Unidades mais antigas, das gerações 2, 3 e 4 da Intel devem apresentar alguma lentidão ao serem pareados com a nova Titan X. Contudo, como a placa ainda não está disponível para testes, medições mais precisas ainda não estão disponíveis.

Outros fatores que devem ser levados em conta são: a fonte de energia precisa ser de boa qualidade e ter potência de, ao menos, 600 watts. A placa-mãe precisa ser das mais atuais, com PCIe de terceira geração (do contrário, a Titan X vai se comunicar com o restante do computador no PCIe 2.0, consideravelmente mais lento). Memória DDR4 é desejável, mas não deve fazer muita diferença.

 

Faz sentido investir pesado na Titan X?

Titan X impressiona em todos os números: processador gráfico tem 12 bilhões de transistores (Foto: Divulgação/Nvidia)Titan X impressiona em todos os números: processador gráfico tem 12 bilhões de transistores (Foto: Divulgação/Nvidia)
 

Se o orçamento não é problema para você: sim, vale a pena investir na Titan X. Trata-se simplesmente da placa de vídeo mais rápida do mundo na atualidade e que tem boas chances de manter o título ao longo de 2017, já que os planos da Nvidia para a próxima arquitetura, chamada de Volta, são bastante incertos no momento. 

Ou seja, os lançamentos do ano que vem podem usar revisões da atual tecnologia Pascal, presente na Titan X, o que dificultaria a chegada de uma nova super placa.

Deixando a questão do custo de lado, outro argumento forte em favor da placa da Nvidia é o fato de que jogadores interessados na segunda onda de lançamentos para a realidade virtual e em jogar em 4K devem encontrar bastante folga na performance garantida pela Titan X.

Se o bolso não acomoda a Titan X, há boas opções no mercado: a GTX 1080 tem performance 30% superior à Titan X da geração anterior e custa bem menos. Lembra dos R$ 3.945, sem contar frete e impostos mencionados no começo da matéria? Com esse dinheiro, você compra com folga uma GTX 1080 no Brasil. 

Para orçamentos ainda mais realistas, as GTX 1060 e a RX 480 da AMD permitem jogar na realidade virtual e têm fôlego para gameplay em 2K, algo que é um alvo de desempenho bem mais realista para a maioria dos gamers, já que monitores 4K são bem restritos e caros atualmente.

 

Fonte: Filipe Garrett - Techtudo